O engenheiro Artur Alvim, descendente de uma das mais importantes famílias paulistanas, era chefe da via permanente da extinta Estrada de Ferro Central do Brasil, e nessa condição idealizou e projetou, em 1921, a estação de trem que hoje dá nome a uma bairro de classe média da zona leste.
Antes disso (por volta de 1900), a região era – como a maioria um amontoado de chácaras, num lugar conhecido como Santa Teresa. A partir da inauguração da estação, uma pequena vila se formou ao seu redor. Primeiro foram os trilhos da Estrada de Ferro Central do Brasil que o engenheiro ajudou a implantar, que por lá passou de 1921 a 1957, quando foi assumida pela Rede Ferroviária Federal até 1994. Nesse ano a Companhia Paulista de Trens Metropolitanas (CPTM) assumiu a estação e, em 2000, desativou-a.
Durante décadas o bairro e a região ficaram no esquecimento, até que o Metrô chegou em 1988, o que acabou mudando radicalmente as feições da área. Hoje Artur Alvim é um bairro residencial em franco desenvolvimento. Nada como uma estação do Metrô para mudar a historia de um bairro. Um crescimento a olho nu, já que o distrito conta com 110.789 moradores.
A partir de 1945, pequenos bairros foram aparecendo ao longo da linha-tronco da Ferrovia Central do Brasil, como a Vila Santa Teresa e a Vila Campanela. No correr dos anos, mais dois loteamentos levaram o nome do engenheiro ferroviário: Parque Artur Alvim e Jardim Artur Alvim, um jogada de marketing imobiliário para associar uma área próxima de local conhecido a outro loteamento.
Em 1978, quando São Paulo enfrentava invasões de áreas urbanas, os governos foram obrigados a buscar soluções rápidas para evitar perdas políticas e gente aparecendo na mídia com cartazes xingando os políticos. Dessa pressão nasceram ainda naquele ano os bairros Conjunto Habitacional Padre Manuel da Nóbrega e Conjunto Habitacional Padre José de Anchieta.
Fonte: 450 Bairros São Paulo 450 Anos
Editora: Senac São Paulo
Autor: Levino Ponciano