Bibliotecas, Utilidades Públicas Comentários desativados em Biblioteca Prefeito Prestes Maia – Temática em Arquitetura e Urbanismo
Em dezembro de 2012 a biblioteca Prefeito Prestes Maia passou a ser temática em arquitetura e urbanismo oferecendo coleção especializada, além de seu acervo geral com cerca de 53 mil itens. No térreo, 1º e 2º andar localizam-se os serviços de referência e empréstimo, espaços de leitura e telecentro. No 3º, 4º e 5º andares destinam-se, respectivamente, à oficinas, seminários e palestras, à coleção do ex-prefeito Prestes Maia e ao acervo de Arquitetura e Urbanismo, disponíveis mediante agendamento. Os acervos e serviços previstos para os demais andares, serão disponibilizados futuramente.
Endereço: Av. João Dias, 822
Bairro: Santo Amaro – São Paulo, SP
Tel.: 11 5687-0513
Horário: 2ª a 6ª feira das 9h às 18h e sábado das 9h às 16h
Coordenadora: Dulce Helena de Oliveira
bmprestesmaia@yahoo.com.br
HISTÓRICO DA BIBLIOTECA
Por iniciativa do prefeito Prestes Maia e do secretário da Educação Carlos Rizzini, que delegou à Comissão de Construção Escolar da Secretaria da Educação a tarefa de executar o projeto da biblioteca de autoria do Arquiteto Luis Augusto Bertacchi, em setembro de 1963 começaram as obras da biblioteca que, num ritmo acelerado, foram finalizadas em dezoito meses. A biblioteca foi inaugurada no dia 4 de abril de 1965 pela esposa do prefeito Sra. Maria Prestes Maia, sob o nome de Presidente Kennedy.
O prédio de sete andares, com 7 mil metros quadrados de área construída, tem porte semelhante ao da Biblioteca Mário de Andrade. A concepção da biblioteca como centro de cultura obedeceu a padrões internacionais, dispondo de saguão e auditório e de grandes espaços para as mais diversas manifestações culturais. Numa portaria de 1965, o prefeito Prestes Maia decidiu que as dependências e espaços seriam ocupados especificamente para iniciativas de caráter cultural, sem cunho político, delegando à chefia da biblioteca autonomia na distribuição dos espaços e atividades.
Nesses anos todos, o primeiro andar tem servido para abrigar a Coleção Prestes Maia, constituídas por um rico acervo de 12 mil livros em diversas línguas e de assuntos variados, entre eles, arquitetura, urbanismo, estética, história e literatura, além de revistas especializadas, folhetos, relatórios, plantas, medalhas, obras de arte e objetos pessoais. Essa coleção foi agregada definitivamente ao acervo da biblioteca em março de 2003. Em 2007, a biblioteca recebeu em doação da Companhia Paulista de Obras e Serviços do Estado de São Paulo, os móveis que pertenceram ao gabinete do prefeito Prestes Maia.
A Biblioteca Presidente Kennedy teve seu nome alterado para Prefeito Prestes Maia em outubro de 2005 pelo decreto 46.434 de criação do Sistema Municipal de Bibliotecas.
Dando sequência ao projeto de bibliotecas temáticas, a Prefeito Prestes Maia foi inaugurada em 27 de dezembro de 2012 como a décima unidade de temática, oferecendo uma coleção especializada em arquitetura e urbanismo, além de seu acervo regular com cerca de 53 mil itens, entre livros de literatura e informação, revistas, atlas e multimídia.
O patrono foi chefe da Secretaria de Viação e Obras Públicas da Prefeitura de São Paulo entre 1926 e 1930, quando elaborou um plano de reestruturação da cidade. Mais tarde, em 1938, foi nomeado prefeito da capital, onde permaneceu até 1945. Por conta de seu trabalho, Prestes Maia deixou um acervo particular valioso, formado de plantas, documentos, fotografias e outros, que registram a urbanização da cidade. Toda a documentação, que soma cerca de 880 itens, estará à disposição dos interessados no ambiente temático. Na reforma geral, foram investidos R$ 6,2 milhões.
Legislação referente à biblioteca:
Inauguração: 4 de abril de 1965
Denominação: Decreto 46.434 de 6 de outubro de 2005
PATRONO DA BIBLIOTECA PREFEITO PRESTES MAIA
Francisco Prestes Maia nasceu no dia 19 de março de 1896 na cidade de Amparo, estado de São Paulo. Em 1917, formou-se engenheiro civil pela Escola Politécnica da Universidade São Paulo. No ano seguinte, montou um escritório de negócios imobiliários e, ao mesmo tempo, começou a trabalhar na Secretaria de Viação e Obras Públicas do governo estadual, ingressando na comissão que projetou e construiu obras urbanísticas na capital.
Foi chefe da Secretaria de Viação e Obras Públicas da Prefeitura de São Paulo de 1926 a 1930, quando elaborou um plano de reestruturação da cidade. Foi professor da Escola Politécnica durante dez anos, tendo elaborado planos de urbanização para Recife e para as cidades paulistas de Campos do Jordão, Santos e Campinas.
Em 1938 foi nomeado prefeito da capital paulista pelo então interventor federal no estado Ademar de Barros. Permaneceu no cargo até 27 de outubro de 1945, dois dias antes da queda do Estado Novo. Como prefeito da capital paulista promoveu uma transformação profunda na estrutura da cidade realizando grandes obras. Retornou à vida pública em 1950 como candidato ao governo do Estado pela UDN, porém não saiu vitorioso.
Nas eleições de 1954, voltou a concorrer ao governo paulista com apoio interpartidário articulado pelo governador Lucas Nogueira Garcez e, novamente, não conseguiu se eleger. Em 1957, foi indicado por Jânio Quadros à candidatura de prefeito da capital, embora as convenções partidárias tenham optado pelo candidato Ademar de Barros. Nas eleições para a prefeitura de São Paulo em 1961 saiu vitorioso com o apoio do governador do estado Carvalho Pinto. Como prefeito, empenhou-se a fundo na melhoria das finanças do município, mas não conseguiu alcançar o desempenho do mandato anterior por falta de recursos. Prestes Maia foi mantido no cargo depois do golpe militar em 1964 com o apoio do governador paulista Ademar de Barros.
Membro do Instituto de Engenharia, da Sociedade de Arquitetura de Lisboa e da Sociedade de Arquitetos do Uruguai escreveu diversos trabalhos sobre urbanismo para a revista Investigações.
Faleceu no dia 24 de abril de 1965, na cidade de São Paulo.
Algumas obras: Estudo de um plano de avenidas para a cidade de São Paulo (1930); São Paulo, metrópole do século XX (1942); O plano urbanístico da cidade de São Paulo (1945); Plano regional de Santos (1950); Insolução escolar.
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