Os bairros formados ao longo das margens do rio Tietê foram povoados quase na mesma época. É o caso de São Miguel Paulista, Lajeado e Ermelino Matarazzo. Consta em alguns registros que foram fundados praticamente juntos, quando os jesuítas comandados pelos padres José de Anchieta e Manuel da Nóbrega saíram a catequizar os indígenas da região.
Lentamente, como de outras vezes no desenvolvimento paulistano a região foi transformada em fazendas, sítios e grandes chácaras, e somente a partir do século XIX e início do XX experimentou um crescimento com a chegada dos imigrantes portugueses e italianos. Em fevereiro de 1926 foi inaugurada a estação ferroviária.
Em 1941 implantou-se uma grande fábrica das Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo. A partir daí veio o progresso e o bairro expandiu-se para ser o que é hoje: um distrito com 106.731 moradores. O nome do bairro vem de um dos filhos do conde Francesco Matarazzo. Aliás, a família Matarazzo tinha na região uma extensa área de terras e algumas tornaram-se grandes bairros.
Ermelino Matarazzo guarda algumas relíquias do tempo da colonização como, por exemplo, a Casa da Moenda, no Sítio Piraquara, construída no século XVI pelos índios, com taipa, único material que eles conheciam. O casarão guarda também peças de engenho de um alambique.
Nos imensos espaços vazios surgiram muitos bairros a partir de 1940: em 1944, o Parque Boturuçu e, em 1947, a Vila Císper.
Fonte: 450 Bairros São Paulo 450 Anos
Editora: Senac São Paulo
Autor: Levino Ponciano