Ipiranga

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Ypiranga, Hipiragua, Piranga, Poranga, Todas essas palavras já foram usadas no correr dos tempos para destacar um dos bairros mais paulistanos o velho Ipiranga, cantado em prosa e verso. O significado da palavra já foi objeto de numerosas versões. Não há, porem, um estudo conclusivo a respeito do significado exato do termo ipranga, levando-se em consideração os inúmeros dialetos utilizados pelos habitantes das terras de Piratininga. No entando, os significados “água vermelha” e “água barrenta” foram as interpretações dadas pelos primeiros habitantes brancos do planalto, que certamente as receberam diretamente dos índios moradores do local, segundo o autor Luiz Caldas Tibiriçá, do Dicionário de Topônimos brasileiros de origem tupi. Outros dicionaristas, como João Mendes, garantem que a palavra é uma corruptela de i-pi-rá-á-nga, ou seja, “leito (de rio) desigual”.

Os registros sobre a região do Ipiranga remontam a 1510, época em que João Ramalho e os índios guianases habitavam a área do Planalto de Piratininga, compreendida entre a margem direita do ribeirão Guapituva e a aldeia do caíque Tibiriçá. Ao longo do tempo, doações de terras foram se sucedendo, e o local conhecido por Ipiranga ganhou relativa ocupação branca, causando ate mesmo a transferência maciça dos guaianases para outras paragens, pois eles não se adaptavam aos costumes dos novos ocupantes – ou seja, não estavam gostando nada de ser escravizados, espancados e acorrentados.

Por Volta de 1580, a Terra de Piratininga havia recebido inúmeros moradores que a povoaram lentamente, formando uma comunidade de aproximadamente 1500 habitantes espalhados pelas fazendas da região, que se estendiam por toda a colina ribeirinha do Tamanduareí que se estendiam por toda a colina ribeirinha do Tamanduarede aproximadamente 1500 habitantes espalhados pelas fazendas da reg.

O Museu e o Monumento do Ipiranga, inaugurados respectivamente em 1895 e 1922, têm suas histórias iniciadas praticamente nos primeiros anos que sucedram ao feito histórico de dom Pedro I e representam, com o Parque da Independência, o marco histórico nesse bairro tradicional da cidade de São Paulo, lembrando a todos que nele foi declarada a emancipação política do país.

Primeiro monumento utilizado para preservar a memória da Independência do Brasil, o Museu Paulista foi inaugurado em 7 de setembro de 1895 como Museu de Ciências Naturais. (Seu prédio foi contruído para abrigar uma universidade; algo não deu certo no projeto e acabou se tornando-se o nosso museu. Seu acervo, com cerca de 100 mil peças, é contituído por obras de arte, mobiliário, trajes e utensílios que pertenceram a personalidades da história brasileira, como os bandeirantes e os imperadores. As instalações abrigam um biblioteca com 100 mil volumes e um centro de documentação histórica, com 40 mil manuscritos.

Fonte: 450 Bairros São Paulo 450 Anos
Editora: Senac São Paulo
Autor: Levino Ponciano