No auge do processo industrial, que tomou conta de São Paulo nas décadas de 1950 e 1960, várias vilas começaram a nascer na zona sul. Eram as moradias dos operários que estavam chegando de vários estados e do interior paulista. Eles foram chegando lentamente até a grande explosão que aconteceu a partir do fim da década de 1960, quando a ocupação foi predatória e desordenada, numa explosiva mistura de vilas, favelas e um grande número de loteamentos clandestinos.
Assim pode ser resumida a história do distrito do Jardim São Luís, hoje um dos mais densamente povoados da capital paulista. Seus bairros invadem mananciais e não param de crescer. Em 2003, a prefeitura contava 109 favelas no distrito.
A história nos conta que a região era – nos primórdios da Vila de São Paulo – caminho natural dos padres em busca de índios para catequização nas bandas de Embu e de Itapecerica da Serra. Nos tempos seguintes, toda a região foi tomada por fazendas, sítios e chácaras, que, com o avanço desordenado da urbanização, foram transformados em loteamentos.
O santo que dá nome ao bairro nasceu Louis Marie Grigñon em 31 de janeiro de 1673, em Montfort-La-Cane, Brittany, França. Ordenado em 1700, tornou-se capelão em um hospital em Poitiers. Sua congregação, também chamada de Filhas de Divina Sabedoria, começou lá.
O santo é famoso por ser o primeiro a defender a devoção à Santíssima Virgem Maria e ao Rosário. Em 1715, são Luís fundou os Missionários da Campanhia de Maria. Sua real e notável devoção à Virgem Maria continua popular.
Ele propagou essa devoção em sua pregação diária e, após sua morte, seu famoso livro Verdadeira devoção de Maria ganhou milhões de leitores, Sua festa é celebrada no dia 18 de abril.
Fonte: 450 Bairros São Paulo 450 Anos
Editora: Senac São Paulo
Autor: Levino Ponciano