História das Ruas Comentários desativados em Rua Henrique Schaumann
A Rua Henrique Schaumann fez parte do loteamento original então chamado “Villa Cerqueira César”. No mapa da cidade de 1897 ela já aparece registrada com início nas proximidades da Rua Galeno de Almeida (este trecho atualmente faz parte da Av. Paulo VI) e término na atual Av. Rebouças. Em 1929, por força da Lei nº 3.329 de 10/06/1929, todo o seu leito foi incorporado à Av. Brasil, desaparecendo assim o nome de “Rua Henrique Schaumann”.
Em 1932, através do Ato nº 392 de 19/12/1932, esta denominação foi restabelecida com a incorporação de um pequeno trecho até a Rua Patapio Silva. Como área residencial, com sobrados e alguns casarões, permaneceu a Rua Henrique Schaumann até finais da década de 1960. Em 1969 surgiu o primeiro projeto de alargamento que, com modificações, foi concretizado entre 1973 e 1974, passando de uma pista a duas, com 14 metros de largura cada uma. Em 1976, e por conta dos baixos aluguéis, instala-se na região o bar “Bora-Bora” o primeiro de uma série que, em 1979, já atingiam o número de 16.Por essa época, a Henrique Schaumann passou a ser conhecida como a “praia dos paulistas”.
O homenageado: Henrique Schaumann nasceu em Campinas, São Paulo, no ano de 1856; filho de Gustav Schaumann e Maria Krug, que eram imigrantes alemães. Com 11 anos de idade foi enviado por seu pai para a cidade de Hamburgo, onde cursou o ginásio e mais tarde a universidade de Goettingem, onde doutourou-se no ano de 1879. Voltando ao Brasil, passou com distinção no exame farmacêutico realizado no Rio de Janeiro.
Chegou então a São Paulo e juntou-se a seu pai para dirigir a Botica Veado D’Ouro, fundada por Gustav no ano de 1858. Henrique Schaumann ampliou a botica, juntando a ela um laboratório químico. Em 1884 foi nomeado pelo governo imperial Comissário oficial para os exames dos candidatos ao professorado de Química e Física em escolas superiores. Depois de proclamada a República foi eleito vereador da cidade de São Paulo.
Participou ativamente de campanhas contra as epidemias de peste e de tifo, muito comum na cidade no final do século retrasado. Em 1894 foi nomeado diretor do Laboratório Estadual, além de exercer a função de juiz de paz, sócio-fundador do Hospital Samaritano e colaborador ativo em vários empreendimentos sociais. Em 1905 mudou-se com toda a família para a Europa a fim de procurar cura para um distúrbio intestinal do qual sofria a muitos anos.
Em 1910 tornou-se membro da “Society of Tropical Medicine” de Londres. Passou os últimos anos de sua vida na Suiça, onde veio a falecer no dia 08/03/1922. Fonte: obra comemorativa do 1º Centenário da Botica Ao Veado D’ouro publicada em 1958, acervo do Arquivo Histórico Municipal e colaboração de Debora Garcia através do site www.dicionarioderuas.com.br
Fonte: Arquivo Histórico de São Paulo
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