O distrito de São Domingos era, no século XIX, parte de uma fazenda do coronel Anastácio de Freitas Trancoso, dono de uma grande parte do que é hoje a zona oeste da capital paulista. No correr dos tempos a propriedade foi retalhada em sítios de portugueses que cultivavam flores e verduras para abastecer o mercado central.
Isso nos idos de 1880. No século XX – primeiras décadas – o Banco Novo Mundo comprou uma grande área e a loteou. Os moradores eram operários trabalhadores das empresas que estavam se fixando na região. O gado era levado pela estrada do Anastácio ate o Frigorífico Armour, que ficava nas imediações.
Foram tempos duros para os moradores – a energia elétrica, a água e o transporte coletivo foram difíceis conquistas. Basta dizer que em 1970 os moradores tinham de andar até a rodovia Anhanguera para conseguir um ônibus para o centro da cidade. Hoje São domingos poder ser considerado um bairro residencial de classe média e alta.
O nome do bairro é em homenagem a são Domingos Sávio, que nasceu em Riva de Chieri, Itália, no dia 2 de abril de 1842. Filho de um ferreiro e de uma costureira, foi aluno de são João Bosco e um dos primeiros colaboradores na obra salesiana. Morreu aos 15 anos, já amadurecido na fé em Deus, em Nossa Senhora e na eucaristia, em 9 de marco de 1857, em Mondônio.
Dom Bosco conta a morte de Domingos Sávio comparando-o a um pássaro que voa para o céu. Estava ele doente na casa do pai quando disse: “Pai, chegou a hora”, e morreu com as mãos cruzadas sobre o peito e em fazer nenhum movimento.
Fonte: 450 Bairros São Paulo 450 Anos
Editora: Senac São Paulo
Autor: Levino Ponciano