Um presidiário colocou a Vila Sonia na boca dos paulistanos. Compôs essa música falando do luar da Vila Sonia e da saudade da liberdade. A região, nos ensina a história, era uma grande chácara pertencente ao médico Antonio Bueno e a Joaquim Manuel da Fonseca. O nome do bairro veio de uma das filhas de Bueno.
O que na década de 1940 era uma grande mata de eucaliptos hoje é um bairro com um grande adensamento populacional. Nos anos de 1950 os poucos moradores não contavam com luz elétrica, água encanada, ruas asfaltadas, saneamento básico ou telefones – uma área abandonada, com enchentes nascidas do transbordamento do córrego Pirajussara.
Ainda nos anos 1960 o bairro iniciou sua trajetória desenvolvimentista. A proximidade com o nobre Morumbi trouxe mais habitantes em um incipiente comércio. Ainda assim os moradores tinham dificuldades de locomoção. Para chegar ao centro era uma aventura de horas e horas. O melhor era fazer compras em Pinheiros.
A história da música é a mesma de sempre. Um dia o autor se meteu nas lides do crime na base do assalto à mão armada. Foi pego, preso e passou anos no Carandiru. Músico e poeta de primeira, compôs à música – uma valsa -, em 1961, que fez muito sucesso na voz de Tito Martines, com uma parte declamada pelo radialista Morais Sarmento. A canção ficou meses na parada de sucessos do estado de São Paulo.
Fonte: 450 Bairros São Paulo 450 Anos
Editora: Senac São Paulo
Autor: Levino Ponciano